sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Eu olhei dentro daqueles olhos cheios de cílios. Olhei profundamente. O que eu vi? Uma sala sem móveis, clara e pálida. Ambiente meio esfumaçado; piso de madeira totalmente desgastado, com várias garrafas verdes de cerveja espalhadas pelo chão e uma criança solitária, encolhida no canto da janela, soluçando.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
apropriações populares indevidas
tô fazendo amor
com oito pessoas
mas meu coração
vai ser pra sempre teu.
com oito pessoas
mas meu coração
vai ser pra sempre teu.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
insatisfações
essas coisas que a gente tem e não sabe
que nos deixam totalmente à flor da pele
sem razão nenhuma elas chegam
nos arrancam todas as convenções
toda essa suposta paz
e nos deixam só murmúrios não silenciáveis
eu quero paixão
sossego e silêncio e tédio não combinam com a vida
a partir de agora eu só quero outra coisa.
que nos deixam totalmente à flor da pele
sem razão nenhuma elas chegam
nos arrancam todas as convenções
toda essa suposta paz
e nos deixam só murmúrios não silenciáveis
eu quero paixão
sossego e silêncio e tédio não combinam com a vida
a partir de agora eu só quero outra coisa.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
o que se pode dar
"Eu já te dei o poder da escolha, a liberdade, as possibilidades, todas as garotas, o meu tesão, te dei risadas e o meu amor. O que mais que você quer?"
"Eu não sei."
"Daria isso, se eu pudesse".
"Eu não sei."
"Daria isso, se eu pudesse".
domingo, 30 de outubro de 2011
havia uma barata
nesse momento sinto
como se eu fosse uma barata recém-pisada
esperneando e gritando
(sem emitir som algum, pois não há fôlego em meus pulmões)
e aguardando ansiosamente a hora da morte
mas o tempo se arrasta
como se eu fosse uma barata recém-pisada
esperneando e gritando
(sem emitir som algum, pois não há fôlego em meus pulmões)
e aguardando ansiosamente a hora da morte
mas o tempo se arrasta
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
nasceram flores
num canto de um quarto escuro
mas eu te juro
são flores de um longo inverno
isso é pra morrer.
otto - seis minutos.
num canto de um quarto escuro
mas eu te juro
são flores de um longo inverno
isso é pra morrer.
otto - seis minutos.
à sombra do minotauro
com o coração partido, ela avançou
porque não há escolha ao se deparar com um simples não.
tudo sempre fica bem no final
e essa é uma das mais terríveis constatações.
porque não há escolha ao se deparar com um simples não.
tudo sempre fica bem no final
e essa é uma das mais terríveis constatações.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
canção do meu exílio
Minha terra tem palmeiras?
É claro que minha terra tem palmeiras!
ora essa, se tem palmeiras!
tem uma rua cheinha delas, foto de cartão postal!
Minha terra tem sabiá,
mamá,
papá,
bah...
Tem flor, bicicleta,
Fritz e Frida.
É a terra dos Príncipes,
Dos Príncipes!
Em pleno século vinte e um...
A cidade das flores tem o céu pintado de cinza,
Asfalto cinza, muro cinza,
Gente cinza.
Minha terra tem história.
Minha terra foi dote de Dona Princesa Isabel!
Tem um belo rio Sujo-cinza-marrom
Tem tamanho de cidade grande
Tem nome francês
"Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá".
Neca! Fico no exílio.
Só volto pra visitar mamá, papá...
Ah!
-
poema feito pra aula de literatura brasileira III, em 2008
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
um pouco mais
errei na mão.
talvez uma mudança de ares,
uns abraços & cafunés
talvez, quem sabe, uma cerveja?
uma noite bem louca
talvez... talvez uma novidade!
talvez ácido,
talvez... um baseado?
não sei
eu quero sentir um pouco mais
um pouco? não, muito mais.
eu quero leveza e palpitações.
e uns sorrisos bonitos
beijos e uma trepada bem forte.
uma? não
muitas mais
e eu quero carinho.
eu quero tantas coisas
com tanta intensidade
que elas não cabem na mão.
mas será que na dispensa elas cabem?
se bem que eu não quero esquecê-las na dispensa
pelo menos não mais.
talvez uma mudança de ares,
uns abraços & cafunés
talvez, quem sabe, uma cerveja?
uma noite bem louca
talvez... talvez uma novidade!
talvez ácido,
talvez... um baseado?
não sei
eu quero sentir um pouco mais
um pouco? não, muito mais.
eu quero leveza e palpitações.
e uns sorrisos bonitos
beijos e uma trepada bem forte.
uma? não
muitas mais
e eu quero carinho.
eu quero tantas coisas
com tanta intensidade
que elas não cabem na mão.
mas será que na dispensa elas cabem?
se bem que eu não quero esquecê-las na dispensa
pelo menos não mais.
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